quinta-feira, 8 de abril de 2010

José de Alencar - O mestre do romance brasileiro


José de Alencar foi em seu tempo, uma figura política respeitada e participou de inúmeras polêmicas que envolviam a Lei Escravocrata em solo brasileiro. O escritor conservava uma barba comprida que o deixava com um ar ainda mais sério e conservador.
Mas o austero José de Alencar possuía uma paixão que não condizia nada com sua personalidade política rígida e séria...ele possuía uma imaginação fértil e um talento para o romance que lhe garantiu o título de consolidador deste gênero no Brasil.
Alencar escreveu todos os tipos de romance possíveis; urbanos, indianistas, regionalistas, históricos...o escritor de destacou no século XIX e, ao lado de Machado de Assis, teve seu nome respeitado em outros âmbitos.
Os romances urbanos de José de Alencar são cercados de peripécias amorosas, as vezes até inverossímeis como em "Cinco Minutos" e trágicas, como em "Lucíola". Alencar procurou criar um perfil feminino através das protagonistas dos romances "Senhora", "Diva" e "Lucíola". Aurélia, Amélia e Lúcia são mulheres fortes, que passam por dificuldades e desafiam a sociedade, vencendo as barreiras que a vida coloca para o sexo feminino. O toque especial romântico vem através do desfecho, no qual as mulheres se deixam vencer apenas pelo amor e no caso de Lúcia, esta entrega vem através do sacrifício da própria vida.
José de Alencar ganhou um grande destaque também com seus três romances indianistas que representavam as três fases da história dos primeiros habitantes do nosso país. Em "Ubirajara" temos o índia pré-colombiano, "Iracema" mostra os primeiros contatos entre o velho e o novo mundo e, em "O Guarani" temos o índio e o branco inseridos numa mesma sociedade. Sendo José de Alencar um legítimo romântico, foi criticado por "europeizar" a figura do índio, de forma que muitos críticos consideram Peri, o protagonista de "O Guarani", muito civilizado e idealizado, não representando fielmente a realidade dos índios do Brasil.
O escritor também criou polêmica com os romances regionalistas. "O Sertanejo" tinha como espaço o sertão nordestino, área de conhecimento do autor que nasceu no Ceará; mas, José de Alencar se aventurou no romance "O Gaúcho" sem nunca ter estado no Rio Grande do Sul.
O escritor também escreveu alguns romances históricos, como "Guerra dos Mascates" e "As Minas de Prata".
Embora seus romances indianistas tenham servido de motivo para paródias durante o movimento Modernista e seus romances urbanos sejam idealizados, ninguém pode tirar os méritos de José de Alencar, um escritor que, ao lado de outros românticos, viveu intesamente o Romantismo e o pensamento nacionalista do Brasil que havia conquistado há pouco tempo sua independência política e tinha no consolidado estilo romântico, uma luta a favor dos ideais brasileiros.



3 comentários:

  1. jose alencar esta sendo um homem de fibra ao lado de nosso sempre presidente LULA estão nos dando dignidades estamos orando por vc grande vice presidente DEUS esta sempre do lado do bem

    ResponderExcluir
  2. este não é o vice presidente!! kkkkkk
    e sim um grandioso escritor.

    ResponderExcluir
  3. Parabéns pela sua postagem que gosto muito sobre: O escritor que conservava uma barba comprida que o deixava com um ar ainda mais sério e conservador.
    Mas o austero José de Alencar possuía uma paixão que não condizia nada com sua personalidade política rígida e séria...ele possuía uma imaginação fértil e um talento para o romance que lhe garantiu o título de consolidador deste gênero no Brasil.

    ResponderExcluir