O céu azul, não era
Dessa cor, antigamente;
Era branco como um lírio,
Ou como estrela cadente.
Um dia, fez Deus uns olhos
Tão azuis como esses teus,
Que olharam admirados
A taça branca dos céus.
Quando sentiu esse olhar:
“Que doçura, que primor!”
Disse o céu, e ciumento,
Tornou-se da mesma cor!
Pode parecer simples, mas este poema é uma Ode ao amor imaculado, que vê a beleza presente nos olhos do amante, que acredita que o céu, gigante infinito celeste, tem esta bela cor porque invejou o azul dos olhos amantes.Um poema contemporâneo que remete a um romantismo lírico.
O Gullar, como poucos, consegue fazer da simplicidade algo sempre tão belo (belo como o azul, o azul do céu)
ResponderExcluirO que falar do azul quase onipresente na poesia dele?!
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