Alguns personagens de romances ou contos se tornam célebres e vão além do universo literário. Eles são inseridos na cultura pop, criando influências sobre outros, além de garantirem versões cinematrográficas ou televisivas.
É o caso de "A Pequena Sereia" de Hans Christian Andersen. A protagonista deste conto ganhou ares angelicais nas adaptações da Disney, se tornando figura carimbada em festas de aniversário e cadernos de crianças. A versão infantil e maniqueísta da Disney, porém, nada lembra o enredo macabro da história original de Andersen.
Sherlock Holmes foi criado pelo escocês Sir Arthur Conan Doyle e, junto com seu fiel companheiro Doutor Watson, se tornou o mais popular detetive da literatura mundial. Os personagens surgiram pela primeira vez em "Um estudo em vermelho" e depois reapareceram em outros livros do autor. Neste caso, o personegem se tornou maior até que o escritor, já que Conan Doyle é conhecido por ser o criador de Sherlock Holmes. Muitos críticos afirmam que o escocês buscou inspiração no detetive Dupin, criação de Edgar Allan Poe. Seja como for, Sherlock Holmes se tornou uma figura mítica e a rua na qual reside nos romances, desperta interesse de muitos apreciadores da dupla de investigadores. Inúmeras versões sobre os dois surgiram no cinema, algumas não mantiveram muita fidelidade com a obra de Conan Doyle.
Outro personagem mítico é, sem dúvidas, "Drácula" do irlandês Bram Stoker. Neste romance é criada a figura lendária do Vampiro, o semi-morto que se alimenta de sangue e não suporta a luz do dia. Várias adaptações para o cinema e até para a TV, popularizaram os vampiros e inspiraram grupos sociais, como os Góticos, por exemplo. Com o passar do tempo, os vampiros foram ganhando outras características nas mãos de outros escritores...se tornaram sensuais com Anne Rice, até bonzinhos e apaixonados na saga "Crepúsculo" de Stephenie Meyer.
No Brasil, Monteiro Lobato criou no livro "Urupês", o personagem Jeca Tatu, como símbolo do atraso e do abandono no qual vivia a população rural brasileira no final do século XIX e início do século XX. Criava-se então, a figura do caipira, o inocente homem do campo que vive para o trabalho e está sujeito a todo tipo de provações e preconceitos. O cineasta brasileiro Mazzaropi criou inúmeros filmes nos quais o Jeca aparecia. A imagem se distanciou da essencia da obra de Monteiro Lobato, mas o caipira se tornou uma figura carimbada na cultura nacional, inspirando até um estilo de música que hoje é o mais rentável no país.
E o que dizer de Peter Pan? O menino que não queria crescer se tornou o personagem mais popular de J.M. Barrie e é símbolo do saudosismo e do apego à infância. Como alguns já citados, ele também ganhou versões no cinema e nos desenhos animados, tonando-se muito querido pelas crianças.
A arte de criar persongens com vida própria foi cultivada por estes escritores e, alguns, se tornaram escravos da sua criação, como nos casos de Bram Stoker e Sir Arthur Conan Doyle. Todavia, eles sempre serão lembrados como inventores de figuras que marcaram a cultura mundial.
Ligia e Aparecida...!
ResponderExcluirExcelente essas postagens. Muito boa mesmo...quem dera todos os professores com qualidade em assuntos de literatura como vocês, tivesse a idéia de falar um pouco sobre os personagens que marcaram a nossa história.
Meus parabéns.
Que Deus as abençoe sempre.
Nós agradecemos muito as palavras de apoio Everson. Estamos todos unidos pela Literatura, para que ela seja vista como um prazer, não como uma obrigação. Volte sempre e esperamos mais comentários...
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