sábado, 5 de setembro de 2009

O Retrato Oval - Edgar Allan Poe


Edgar Allan Poe é conhecido como o pai de um estilo diferente; a Literatura de horror psicológico, que não se vale de lugares e clichês assustadores, mas sim, de pessoas perturbadas em lugares normais. O conto "O retrato Oval" é uma exceção a esta regra. A estória se passa num castelo medieval abandonado, no qual um jovem senhor é obrigado a passar a noite acompanhado apenas de seu criado devido a condições do tempo.
Deitado no quarto assustador, ele se impressiona com um retrato de mulher, que tem uns olhos muito vivos. O jovem encontra um escrito contando a estória do quadro.
Naquele castelo, há muitos anos, vivia um casal muito apaixonado, um marido que amava depois a jovem e bela esposa. havia porém, algo que ele amava mais do que ela: a arte. O pintor passava horas com seus quadros, fazendo seus trabalhos e adorando a própria arte; isso deixou a esposa com ciúmes, pois ela entendia que a pintura era uma rival pior do que qualuqer outra mulher seria.
Cansada de perder espaço no coração do marido para a arte da pintura, a jovem esposa resolve oferecer-se como modelo para um de seus quadros. Ela pensava que desta forma iria ter todas as atenções voltadas para si.
Perfeccionista que era com seu trabalho, o marido pintor desejava que o retrato da esposa fosse a obra perfeita e por isso, procurou o melhor lugar e a melhor luz para sua modelo tão amada. Havia numa região do castelo uma fenda no teto, que traria uma ótima luz para a pintura; este foi o local escolhido para o trabalho.
A bela jovem permaneceu durante meses por horas e mais horas naquele lugar, enquanto o marido transferia para o quadro feições de seu rosto. O que ele não notava, entretido no seu trabalho, era que por aquela fenda, além de luz, entrava também ar frio e a esposa ficava a cada dia mais doente.
O amor pela pintura e pela confecção do retrato perfeito era tão grande que não permitia ao artista notar que a cada dia sua esposa definhava vítima de uma doença em consequência do frio que entrava pelo mesmo lugar de onde vinha a luz perfeita.
Chegou o tão esperado dia. O trabalho de muito tempo teria a graça de ser admirado tanto pela modelo quando pelo pintor. Enquanto finalizava seu quadro, o marido não tinha olhos para mais nada. Quando deu a última pincelada, ele voltou suas atenções para a esposa que estava caída morta, vencida pela moléstia que a acometera.
Poe utiliza neste conto uma característica psicológica no pintor que é comum a muitos outros personagens seus: a Obsessão. Obcecado pela arte, o artista a coloca acima de tudo, até mesmo daquele que é considerado pela humanidade o maior de todos os sentimentos: O Amor.
Esta é a diferença entre Edgar Allan Poe e outros escritores do terror. Ele consegue utilizar-se de clichês e ser original, não abandonado assim, a marca registrada em suas obras, que é o horror psicológico.

4 comentários:

  1. muito bom resumo da obra. adoro o conto fantástico. parabéns!
    prof. lauro, de literatura

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  2. Obrigada Lauro, também adoro o gênero fantástico. Abraços.

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  3. Essa obra é Maravilhosa! Uma Das Melhores de Poe!

    @CéliioLuciio

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  4. Anônimo

    Maravilhosa essa obra, mas quais são as características desta obra de Poe?

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