Nascido no Recife em 19 de abril de 1886, Manuel Carneiro de Souza Bandeira Filho tinha como pais o engenheiro civil Manuel Carneiro de Souza e Francelina Ribeiro de Souza Bandeira. Quando Manuel tinha apenas quatro anos a família se mudou para o Rio de Janeiro, depois para São Paulo, para enfim, retornar ao Rio. No ano de 1892 a família Bandeira voltou para o Recife, onde o futuro poeta fez seus estudos primários.
Continuando os estudos, Manuel Bandeira bacharelou-se em Letras e, em 1903, matriculou-se na Escola Politécnica de São Paulo para fazer o curso de engenheiro-arquiteto. Nas férias do primeiro para o segundo ano ele adoeceu e teve que abandonar definitivamente os estudos. Durante seu tratamento de saúdo fez estações de cura em vários lugares do Brasil, como Minas Gerais, no Estado do Rio de Janeiro, Ceará, e por fim, viajou para a Suíça, onde permaneceu entre os anos de 1913 e 1914, tendo como companheiro de sanatório o poeta Paul Éluard. Regressando ao Rio de Janeiro, lançou em 1917 seu primeiro livro de poemas "A Cinza das Horas" . Em 1918 conhece Ribeiro Couto e, por meio deste, os escritores paulistas que em 1922 lançam o movimento modernista. A partir de 1925 começa a escrever para a imprensa, colaborando em várias revistas e jornais.
Trabalhou também em cargos ligados a educação e cultura do país, em 1935 foi nomeado inspetor de ensino secundário; em 1938, professor de Literatura Universal no Externato do Colégio Pedro II, em 1942, professor de Literaturas hispano-americanas na Faculdade Nacional de Filosofia, sendo aposentado por lei especial do Congresso em 1956. Desde o ano de 1938, Manuel Bandeira era membro do Conselho Consultivo do Departamento do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Em 1940 é eleito membro da Academia Brasileira de Letras, e em 1942 membro da Sociedade Felipe d'Oliveira.
Manuel Bandeira recebeu vários prêmios por sua obra, entre eles o prêmio da Sociedade Felipe d'Oliveira em 1937 pelo conjunto da obra e o prêmio de poesia do Instituto Brasileiro de Educação e Cultura em 1940, também pelo conjunto da obra.
Sua posição na poesia brasileira é das mais importantes, sendo um dos pioneiros do Modernismo e o principal introdutor do movimento. Mário de Andrade o definiu como "o São João Batista do Modernismo".
O escritor faleceu no dia 13 de outubro de 1968 na cidade do Rio de Janeiro.
Algumas obras do autor:
Poesia:- A Cinza das Horas - Jornal do Comércio - Rio de Janeiro, 1917 (Edição do Autor)
- Carnaval - Rio de janeiro,1919 (Edição do Autor)
- Poesias (acrescida de O Ritmo Dissoluto) - Rio de Janeiro, 1924
- Libertinagem - Rio de Janeiro, 1930 (Edição do Autor)
- Estrela da Manhã - Rio de Janeiro, 1936 (Edição do Autor)
- Poesias Escolhidas - Rio de Janeiro, 1937
- Poesias Completas acrescida de Lira dos cinqüent'anos) - Rio de Janeiro, 1940 (Edição do Autor)
- Poemas Traduzidos - Rio de Janeiro, 1945
- Mafuá do Malungo - Barcelona, 1948 (Editor João Cabral de Melo Neto)
- Poesias Completas (com Belo Belo) - Rio de Janeiro, 1948
- Opus 10 - Niterói - 1952
- 50 Poemas Escolhidos pelo Autor - Rio de Janeiro, 1955
- Poesias completas (acrescidas de Opus 10) - Rio de Janeiro, 1955
- Poesia e prosa completa (acrescida de Estrela da Tarde), Rio de Janeiro, 1958
- Alumbramentos - Rio de Janeiro, 1960
- Estrela da Tarde - Rio de Janeiro, 1960
- Estrela a vida inteira, Rio de Janeiro, 1966 (edição em homenagem aos 80 anos do poeta).
- Manuel Bandeira - 50 poemas escolhidos pelo autor - Rio de Janeiro, 2006.
Prosa:- Crônicas da Província do Brasil - Rio de Janeiro, 1936
- Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938
- Noções de História das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940
- Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940
- Apresentação da Poesia Brasileira - Rio de Janeiro, 1946
- Literatura Hispano-Americana - Rio de Janeiro, 1949
- Gonçalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952
- Itinerário de Pasárgada - Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954
- De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954
- A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957
- Itinerário de Pasárgada - Livraria São José - Rio de Janeiro, 1957
- Prosa - Rio de Janeiro, 1958
- Andorinha, Andorinha - José Olympio - Rio de Janeiro, 1966
- Itinerário de Pasárgada - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1966
- Colóquio Unilateralmente Sentimental - Editora Record - RJ, 1968
- Seleta de Prosa - Nova Fronteira - RJ
- Berimbau e Outros Poemas - Nova Fronteira - RJ
Além de diversas antologias que incluem poesia e prosa.
belo trabalho
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