terça-feira, 2 de junho de 2009

GUSTAVE FLAUBERT

Na imagem temos Flaubert dissecando sua personagem mais famosa Madame Bovary
Gustave Flaubert nasceu em Rouen, França, a 21 de dezembro de 1821. O grande escritor, que viria marcar a história da literatura mundial, era filho de um cirurgião e cresceu entre “todas as misérias humanas”. Delas se afastou ao ingressar no então Colégio Real, onde foi tomado de entusiasmo e encantamento pela poesia, pelas reconstituições históricas e pelos romances. Aos quinze anos, apaixonou-se por Elisa Schlésinger – casada, com um filho, e quinze anos mais velha que ele. A paixão por Elisa acompanhou-o por toda a vida, inspirando anos depois, uma literatura romântica, entremeada de confissões melancólicas: Memórias de um Louco (Mémoires d’um Fou, 1838), Novembro(Novembre, 1842) e a primeira Educação Sentimental (Éducation Sentimentale, 1845). Em 1840, obedecendo ao desejo paterno, viaja para Paris, onde freqüenta os cursos da Faculdade de Direito. Porém, abandonou cedo os estudos, desiludido pelos trágicos acontecimentos da Revolução liberal de 1848. Em seguida, talvez para superar os equívocos de um amor impossível, viajou para a África do Norte e o Oriente próximo. Retirou-se depôs para o seu sítio em Croisset, dedicando os restantes trinta anos de vida ao trabalho literário, em solidão quase total. Um caso de adultério, seguido do suicídio da mulher, inspirou seu romance Madame Bovary, que começou a sair em 1856 na Revue de Paris e foi publicado como livro em 1857. A obra acarretou-lhe um processo por “ofensa à moral pública e religiosa”. No julgamento, perguntaram-lhe quem teria sido o modelo, tal a veracidade da personagem. Sua resposta foi histórica: “Madame Bovary sou eu.” Pouco compreendido em sua época, Madame Bovary é considerado como o mais importante romance da literatura francesa. Em 1862, abandonando a temática realista, Flaubert publicou Salambô, romance histórico sobre a queda de Cartago. Seguiram-se a segunda edição de Educação Sentimental (1869), romance autobiográfico, de introspecção psicológica, e A Tentação de Santo Antônio (La Tentation de Saint Antoine, 1874). Antes de morrer, ainda escreveu os contos A lenda de São Julião Hospitaleiro (Légend de Saint Julien L’Hospitalier), Heródias e um coração simples (Un Coeur Simple), reunidos no volume Três Contos (1877). Dedicou os últimos anos de sua vida a um romance que deixou inacabado: Bouvard et Pécouchet (1881). Gusteve Flaubert faleceu em Croisset, perto de Rouen, a 8 de maio de 1880.


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