Incluído nos contos de terror, mistério e morte, este conto é uma alegoria ao desafio que os poderosos impõem às forças supremas, no caso, a morte.Num reino abalado por uma epidemia mortal, na qual os pacientes têm morte rápida depois de ficarem com a pele vermelha, a monarquia resolve reunir todos os nobres no palácio real para que fiquem isolados e longe da doença. Para isso, não permitem que ninguém estranho entre, a água destinada a eles é especial...e eles passam os dias entre as alegrias de festas fartas enquanto a população é disseminada por uma doença horrível. Embora Poe seja conhecido pelo horror psicológico da sua obra, na qual ele substitui clichês da literatura de terror por seres humanos psicologicamente aterrorizados, este conto tem um sabor ácido de crítica ao sistema governamental da monarquia, que sempre se volta para os próprios interesses e acredita ser poderosa a ponto de desafiar a morte. Quando um mascarado estranho consegue misteriosamente adentrar no salão e tira seu capuz, todos percebem que é a própria morte, a própria peste que chegava até eles, mostrando que não adiantava se esconder. Poe mostra a fragilidade da humanidade indeterminado seja sua classe social, sua origem, os bens que possui...no momento da morte no palácio real, Poe coloca todos os homens em nível de igualdade. Esta é uma visão futurista, já que o socialismo surgiu depois da morte de Poe.Estas características presentes no conto “A máscara vermelha da morte” mostram a versatilidade de Edgar Allan Poe, que além de ser o precursor da Literatura policial, carrega o título de mestre nos contos de terror e ainda apimenta estes contos com críticas a estrutura da sociedade no topo da pirâmide.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário