O romance “O Retrato de Dorian Gray” do irlandês Oscar Wilde, apresenta um sonho atemporal para a humanidade: a juventude e a beleza eternas. O adolescente Dorian Gray era dono de uma grande fortuna e também de uma grande beleza que chamou a atenção do pintor Basil, que lhe propõe pintar um retrato seu. Quando Basil está para terminar a obra, Dorian conhece Lord Henry, que logo se encanta com o jovem e lhe deixa claro a sua tristeza ao perceber que com o passar dos anos, Dorian perderá seu encanto enquanto o quadro manterá sua beleza. Dorian fica perturbado com esta ideia e faz um pedido íntimo: ele daria sua alma para que o quadro envelhecesse em seu lugar. Depois de causar, mesmo indiretamente, o suicídio da namorada, Dorian chega à sala de sua casa, onde estava o quadro, e nota um sorriso irônico no retrato. Ele percebe que seu pedido fora atendido. Dorian reluta, mas aceita a ideia de que a partir daquele momento, o quadro seria sua alma e toda a maldade, toda a feiura, toda marca de envelhecimento, se manifestariam não na sua face, mas sim, na face do seu retrato. Ele esconde o quadro no sótão para que ninguém veja as mudanças que ocorreriam nele. A feiura transposta para o retrato não era apensa física, mas também espiritual, a feiura de uma alma deturpada que a partir daquele momento nasceu em Dorian. Ao ser presenteado com um livro por seu amigo Lord Henry, Dorian torna-se um consumidor desenfreado e se afasta cada vez mais de Basil. Vinte anos passaram e Dorian Gray continuava com o rosto belo e jovem de um adolescente, enquanto torna-se cada vez mais egoísta e cruel, causando muito mal aos que se aproximam dele. O retrato, agora irreconhecível, continua guardado, até que um dia, Basil descobre a verdade e tenta esfaqueá-lo para livrar o antigo amigo da perda da alma. Quando Basil tenta fazer isso, Dorian se desespera e o impede de fazer o que pretende, matando-o. Quando Dorian resolve recuperar sua alma ele destrói o quadro e ao encontra-lo, só reconhecem seu corpo pelos anis em seus dedos, já que toda a feiura do retrato de transfere para ele e sua alma fica totalmente limpa. “O Retrato de Dorian Gray” é uma obra intensa sobre a importância que a sociedade dá à beleza e ao materialismo em detrimento ao subjetivismo e aso sentimentos verdadeiros do ser humano. Oscar Wilde construiu uma obra atemporal que trata de um tema universal; a extrema vaidade. O romance rompeu barreiras irlandesas e até os dias atuais, causa um sentimento intenso nos leitores que conhecem o “jovem” Dorian Gray.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
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Muito bom o texto. E o livro é fantástico!!!
ResponderExcluirAdoraria transferir minha futura velhice para um quadro.Boa idéia,não sei se foi bem desenvolvida,pois não conheço o livro.
ResponderExcluirO livro é maravilhoso! Tem muito a explorar.
ResponderExcluirQual movimento literário pertence esse livro?
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