terça-feira, 2 de junho de 2009

A vida de Aldous Huxley


Aldous Leonard Huxley nasceu em 26 de Julho de 1894 na cidade de Goldaming em Surrey Inglaterra. Conta-se que ele era um menino muito tímido durante a infância. Enquanto estudava no colégio de Hillside se mostrou um excelente aluno que escrevia poemas entre uma aula e outra. Seu primeiro “sucesso literário” aconteceu aos treze anos, quando publicou na revista da escola o poema “Cavalos do mar”. Aldous ingressa em 1910 no colégio de Eton. Era de família rica, o avô Thomas Huxley foi médico e zoólogo de renome e o irmão Julian iniciava nesta época uma brilhante carreira de biólogo. É também no ano de 1910 que começa a se manifestar nele a cegueira, que progride até que ele veja apenas sombras. Este drama dura oito meses e a experiência desagradável seria descrita em “A Arte de Ver” no ano de 1943. Quando o escritor já havia superado este trauma, seu irmão Trev se suicida. Estes acontecimentos fizeram do menino tímido, um homem precocemente amadurecido que fazia refletir em suas obras o pessimismo irônico e resignado do seu caráter. Em 1916 publica alguns poemas iniciando a sua vida literária que tomaria força total com seu casamento com Maria Nys em 1919. Quatro anos antes, ele havia se formado em Letras pela Universidade de Oxford. O casal aluga um chalé na Suíça para fugia das grandes cidades. Maria incentiva o marido a escrever, datilografa para ele os textos, já que Huxley nunca se habituara a máquina de escrever. Maria procurava fazer com que seu marido vencesse a insegurança e fazia com que ele escrevesse dia e noite, só interrompendo os momentos literários para passeios pelo campo e viagens para a Itália, um país que o escritor sempre amou e foi cenário para alguns de seus romances. Nesta fase surge “Limbo” em 1920, “Amarelo brilhante” em 1921 e “Essas folhas murchas” em 1925. No ano de 1928 surge o inovador “Contraponto”e a obra-prima “Admirável Mundo Novo” é de 1932. Em seus romances seguintes ele demonstra preocupação com os problemas morais e religiosos. No ano de 1936 é publicado “Sem Olhos em Gaza”. Em 1937 o escritor transfere-se com a mulher para Los Angeles e é neste ano também, que aparece “Fins e Meios”. No ano de 1939, Aldous lança “Também o Cisne Morre”. Muitos não identificaram, mas, o inspirador do enredo é o mesmo que levou Orson Welles a realizar o filme “Cidadão Kane”. Neste período aparecem muitos ensaios filosóficos e literários além dos romances “A Arte de Ver””O Tempo precisa parar” de 1944 e “Filosofia perene” de 1946, além de uma biografia “Eminência Parda” de 1941. No ano de 1948 nasce a amizade entre Laura Archera e os Huxley. Ela é recebida na casa da família, pois, deseja fazer um filme e Aldous é familiarizado com o cinema. Mas, Laura acaba falando mais do seu país natal, a Itália, do que a respeito do filme. O casal Huxley encontra-se com Laura pela última vez na Itália em 1954 e lês passam dias muito agradáveis. O casal retorna para os Estados Unidos e no ano seguinte Maria morre. Laura apóia o amigo e lhe serve de secretária por um ano. Ela passa a substituir a companheira e estimuladora de Aldous e em 1956, os dois se casam numa cerimônia informal. O livro “As Portas da Percepção” relata as impressões do autor sobre os alucinógenos. Isto se explica pelo fato de Aldous ter feito experiência com um certo Doutor Osmond acerca de cogumelos e cactos que produzem na visões semelhantes às do Êxtase religioso. Com atitude de cientista, as experiências acontecem com Mescalina e Ácido Lisérgico, o LSD. Talvez esta obra de Aldous passasse despercebida, não fosse pelo fato de Jim Morrison ter dado o nome “The Doors” para a sua banda de Rock. As conseqüências da droga para a mente humana passam a constituir um tema constante na obra de Aldous Huxley. No ano da morte de Maria, o autor publica “O Gênio e a Deusa” e em 1956 “Céu e Inferno”. Em 1958 visita o Brasil acompanhado de Laura, como hóspede oficial do governo. No Brasil o escritor quer conhecer tudo, as obras de Brasília, as favelas do Rio de Janeiro, os índios do Mato Grosso. Mas ele se apresenta pálido e cansado às entrevistas e conferências e as jornadas são muito fatigantes. Era um câncer na garganta que começava a manifestar-se. No ano seguinte publica “Volta ao Admirável Mundo Novo”. No ano de 1961 viaja para a Suíça e a doença se torna cada vez mais clara, por isso, volta aos Estados Unidos para tratamento. Em 1962 publica seu último romance “A Ilha”. O escritor não apresenta melhoras e fica praticamente mudo, não conseguindo assim, ditar seus textos. Escrever a mão lhe é penoso, mas pior ainda é não poder se dedicar a Literatura. Aldous Huxley manteve-se apaixonado pela vida atém o fim e não cessou de elevar sua sabedoria até os mais altos patamares. Por isso, conseguiu alcançar no fim da vida uma sabedoria espiritual incrível. No dia 22 de Novembro de 1963 o mundo perde Aldous Huxley. A morte do grande escritor não tem muita repercussão, pois, neste dia, outro triste acontecimento marcava a história: A morte do presidente John Kennedy. A esposa Laura e o único filho do escritor com Maria, Mathew enterram-no como ele sempre vivera, com simplicidade e descrição e depois, avisam ao mundo que Aldous Leonard Huxley havia falecido.

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